Crise implicará redução de apoio ao setor da Defesa da CPLP
Maputo - O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas portuguesas, Luís de Araújo, admitiu quarta-feira que Portugal reduzirá apoios à Comunidade de Países e Língua Portuguesa, no setor da defesa, garantindo respeitar os compromisso assumidos, apesar da crise.
Em declarações à Lusa, à margem da 13.ª Reunião dos Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, em Maputo, Luís de Araújo disse que, face à crise financeira, Portugal irá ajustar o auxílio aos países da CPLP.
Mas, disse: "Não vejo que haja uma alteração muito grande em relação a esse apoio e aos nossos compromissos que foram assumidos. Teremos de fazer ajustamentos e ver onde se pode, naturalmente, reduzir nalguns setores, mas mantendo a estrutura central que assumimos".
O general português disse não fazer ideia de onde poderiam ser feitos os cortes.
"Mas, independentemente, dos cortes e das restrições por que temos que passar, nós iremos continuar a assumir os compromissos que temos para com os países da CPLP, porque fazem parte do interesse e da geopolítica portuguesa.
Portanto, vamos mantê-los", garantiu.
O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas portuguesas destacou o apoio dado por Portugal a Moçambique, nomeadamente a constituição e o ajustamento da estrutura superior das Forças armadas moçambicanas.
Relativamente ao auxílio a Timor-Leste, Luís de Araújo admitiu a possibilidade de Portugal rever o programa-quadro, assegurando, contudo, que também "haverá ajustamento às necessidades de Timor-Leste e àquilo que Portugal pode guarnecer face às necessidades de Timor-Leste".
Questionado sobre o papel de Portugal face à eventual retirada das forças de estabilização de paz, australianas e neozelandesas, depois das eleições de 2012 em Timor-Leste, Luís de Araújo considerou que "o caminho faz-se caminhando".
Mas, afirmou: "não compete a mim avaliar se (as autoridades timorenses) estão capacitadas a se autonomizarem em relação aos países que referiu":
Austrália e Nova Zelândia, bem como as Nações Unidas.
Fonte: AngolaPress 21.04.2011
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.